Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicados durante a semana no Ambientebrasil.
Prevenir uma pandemia é 500 vezes mais barato que combatê-la, diz estudo
Um artigo publicado na última sexta-feira (24) na Science relaciona a devastação das florestas tropicais com o surgimento de novas pandemias, como a da Covid-19. A publicação é fruto de um estudo conduzido por 18 pesquisadores de diferentes instituições norte-americanas. Nela, os cientistas revelam que prevenir o surgimento de novas doenças pela preservação do meio ambiente é até 500 mais barato do que lidar com os impactos de uma pandemia.
O artigo da Science indica que a preservação das florestas tropicais através de vários programas de monitoramento e restauração custaria, globalmente, entre US$ 22,2 e 30,7 bilhões a cada ano. A quantia é 500 vezes menor do que a pandemia de Covid-19 irá custar à economia global: entre US$ 8,1 e US$ 15,8 trilhões.
Os pesquisadores sugerem também expandir o monitoramento de habitats naturais e acentuar os programas de proteção e o controle do comércio de animais silvestres.
Brasileira está entre jovens líderes que aconselharão ONU no combate às mudanças climáticas
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, anunciou na segunda-feira (27) os nomes de sete jovens líderes climáticos – entre eles, uma brasileira – que o aconselharão regularmente sobre a aceleração de ações e ambições globais para enfrentar a piora da crise climática.
O anúncio marca um novo esforço das Nações Unidas para trazer mais jovens líderes para os processos de tomada de decisão e planejamento, enquanto a ONU trabalha para mobilizar a ação climática como parte dos esforços de recuperação da COVID-19.
Em 2040, lixo plástico nos oceanos poderá ser o triplo do atual
Está previsto que a quantidade de lixo plástico despejada nos oceanos todos os anos quase triplicará até 2040, chegando a 29 milhões de toneladas métricas.
Essa estatística única e incompreensivelmente descomunal está no cerne de uma nova pesquisa que já dura dois anos, que destaca as necessidades de melhoria na campanha mundial para conter a poluição por plásticos e formula um plano ambicioso para reduzir grande parte desse lixo despejado nos mares.
O projeto, desenvolvido pela ONG Pew Charitable Trusts e pela SYSTEMIQ, Ltd., formadora de ideias ambientais com sede em Londres, pede reformulação total da indústria mundial de plásticos, transformando-a em uma economia cíclica de reúso e reciclagem.
Se essa transformação ocorrer, e trata-se de um grande se, os especialistas da Pew afirmam que o escoamento anual de resíduos plásticos aos oceanos poderia ser reduzido em 80% nas próximas duas décadas com o uso de métodos e tecnologias existentes. Mesmo com um atraso de cinco anos, é possível escoar mais de 80 milhões de toneladas métricas de lixo para longe do mar.
As algas que sobreviveram a 16 mil anos de mudanças climáticas
Cientistas descobriram que algumas espécies de algas no litoral da Escócia, Irlanda e França sobreviveram a mudanças de clima no planeta desde 16 mil anos atrás. Para a análise, especialistas da universidade de Heriot-Watt verificaram o material genético de algas de 14 partes do oceano Atlântico, sendo encontrado três grupos genéticos distintos.
Espera-se que a descoberta ajude a mostrar como a vida marinha consegue sobreviver a mudanças extremas no clima. Além disso, a pesquisa auxiliará no entendimento dos parâmetros que afetam a distribuição e sobrevivência das algas, que possuem um papel essencial nos oceanos.
A estranha ‘rã escroto’ ameaçada de extinção que mobiliza ambientalistas no Lago Titicaca
A Rã-do-Titicaca, também conhecida como “rã escroto”, é o maior anfíbio aquático do mundo e vive nas águas do Lago Titicaca, que fica na fronteira entre o Peru e a Bolívia.
Cinco instituições científicas estão se unindo em um esforço internacional para preservar a espécie, que está ameaçada de extinção, devido a poluição pela mineração e também por seu uso na medicina tradicional.
Zoológico da Sibéria registra o nascimento de 16 filhotes de felino raro
O Parque Zoológico de Novosibirsk anunciou em sua conta na rede social VKontakte o nascimento de, pelo menos, 16 gatos-de-pallas também conhecido como manul. O zoológico virou praticamente uma reserva para preservação da espécie, já contando com o nascimento de mais 64 indivíduos nos últimos 20 anos.
O felino, originário das estepes e montanhas do sul da Sibéria e da Ásia central, é uma das espécies ameaçadas de extinção incluídas no Livro Vermelho de Espécies Ameaçadas da Rússia.
Vítima de vários fenômenos, o gato-de-pallas praticamente desapareceu das estepes nos últimos anos. Devido a caça furtiva, atropelamento e envenenamento ao consumirem roedores contaminados por produtos químicos.