A companhia Açúcar Guarani pode adicionar outra atividade para o seu curriculum até a metade de 2006, a comercialização de créditos de carbono. O projeto da companhia de co-geração de energia através da biomassa foi aprovado pela Comissão Interministerial de Mudanças Globais do Clima, órgão responsável por tal feito no Brasil, e agora espera pela aprovação da ONU – Organização das Nações Unidas.
O projeto se encaixa dentro das regras do MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Kyoto, o qual pretende reduzir as emissões de gases do efeito estufa dos países industrializados em uma média de 5.2% até 2012.
“Esperamos vender 130.000 toneladas de dióxido de carbono equivalente em dez anos”, disse o diretor da Guarani, Antônio Alberto Stuchi. O projeto pretende converter as toneladas reduzidas da emissão proveniente da queima de combustíveis fósseis em créditos de carbono, através da substituição destes pela queima de resíduos da cana-de-açúçar.
A contagem dos créditos é retroativa ao ano de 2003 e conta somente com a energia vendida pela unidade de Olímpia (SP), já que a energia produzida pela unidade de Severina (SP) é destinada somente para o consumo da própria companhia. Stuchi prefere não fazer estimativas do lucro que a companhia pode obter com a venda dos créditos de carbono. “Atualmente, o preço varia de U$S4-5 a tonelada. Vamos esperar por um cenário mais definido para iniciar as negociações”, disse ele. (Fernanda B Muller/ CarbonoBrasil)