Britânicos chegam ao Brasil para adquirir créditos de carbono

Um grupo de empresas britânicas chegará na próxima segunda-feira, 2, ao Brasil para participar de uma rodada de negócios com empresas brasileiras na qual pretendem adquirir créditos internacionais de emissão de carbono.

As dez empresas, informou nesta sexta-feira, 30, o Consulado do Reino Unido em São Paulo, pretendem “desenvolver, validar e financiar projetos brasileiros de mecanismos de desenvolvimento limpo que gerem créditos de carbono”.

A iniciativa conta com a aprovação do Escritório de Projetos de Mudanças Climáticas, entidade do governo britânico responsável por programas na área.

O objetivo é assinar contratos de longo prazo com empresas brasileiras, além de promover a cooperação bilateral em setores como meio ambiente, serviços financeiros, indústria e administração pública municipal e regional.

“Estamos promovendo uma oportunidade única para que as empresas brasileiras entrem em contato direto com especialistas britânicos com grande experiência no mercado do carbono e desenvolvimento de projetos”, disse o cônsul britânico em São Paulo, Martin Raven.

“Vemos grandes oportunidades no Brasil e queremos ser aliados nesta área, que, além do negócio, tem como função primordial garantir um futuro melhor para nossos netos e para o planeta”, acrescentou o diplomata.

O Brasil está aproveitando seus créditos de carbono para assinar acordos de implantação de tecnologias limpas que ajudem a lutar contra a mudança climática, nos moldes do disposto pelo Protocolo de Kyoto para reduzir as emissões de gás carbônico.

No entanto, os países desenvolvidos possuem grande parte de suas infra-estruturas construídas há décadas e um gigantesco parque automobilístico, que dificultam a redução da emissão de gases.

Por isso, o Protocolo de Kyoto permite que estas nações possam financiar projetos de redução de emissões em outros países. A cláusula aumenta o interesse nos investimentos em países em desenvolvimento, já que um dos principais problemas destas nações é a falta de infra-estrutura e tecnologia.

As empresas que participarão da rodada de negociações em matéria de carbono serão EcoSecurities, RWE, ICF, CO2e.com, SGS, Natsource Europe, EDF Trading, TFS, Evolution Market e Climate Change Capital. (Efe/ Estadão Online)