Os estudos indicam que entre maio de 2009 e dezembro de 2013, o suprimento considerado ideal pelo Conselho Nacional de Política Energética – CNPE (riscos de de até 5%) está garantido e será atendido com folga em todas as regiões.
“Com a queda da carga, com os elevados níveis dos reservatórios e considerando as condições favoráveis de afluência recentes, temos uma situação boa, com os riscos de deficit baixos”, informou Chipp, por meio de sua assessoria de imprensa.
Na avaliação do ONS esse cenário favorável de atendimento se deve, principalmente, “à oferta agregada pelos leilões de energia nova e de linhas de transmissão, que vem sendo realizados desde 2005”.
Neste período, já foram realizados nove leilões de energia nova (proveniente de empreendimentos de geração previstos para operar a partir de 2013), um de fontes alternativas e um de reserva (reserva de capacidade de geração a ser contratada), além dos das usinas de Santo Antônio e Jirau, ambas no Rio Madeira.
“Também foram importantes as inclusões das várias pequenas usinas hidráulicas e térmicas autorizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e as usinas do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa)”, garante o Operador Nacional do Sistema Elétrico.
O estudo prevê, por outro lado, que nos próximos cinco anos, devem ser implementados cerca de 26.000 megawatts (MW) em energia nova, aumentando a potência instalada do sistema em 28%. Haverá evolução de 98.713 MW em dezembro de 2008, para 126.725 MW em dezembro de 2013.
“Esses números já contam com a incorporação das novas fronteiras do SIN na região amazônica, com o sistema Acre-Rondônia, em 2009, e com os sistemas não interligados de Manaus e Macapá, através da interligação Tucuruí-Manaus-Macapá, com cerca de 1,8 mil quilômetros de linhas de transmissão, prevista para o final de 2011”.
Mesmo com o perfil da expansão da oferta sendo de predominância térmica, com cerca de 70% da energia nova (a produção das térmicas a carvão, gás e óleo passarão de 11.895 MW em 2008, para 26.664 MW no final do período), o estudo apresentado por Chipp, também mostra que a hidroeletricidade continuará sendo a principal fonte de produção de energia elétrica do país, com a previsão de gerar 87.477 MW até 2013, o que representará cerca de 70% da capacidade instalada do SIN.
O ONS recomenda a necessidade de que se façam estudos para ampliar a interligação Norte-Sul e a capacidade de exportação de energia da Região Nordeste, devido à grande concentração da expansão da oferta térmica a óleo nessa região, o que segundo o estudo torna necessário “uma avaliação cuidadosa da localização da oferta proveniente dos futuros leilões”.
O Plano da Operação Energética é desenvolvido anualmente pelo Operador Nacional do Sistema e é “um importante instrumento para o planejamento da operação energética de médio prazo, sujeito a revisões na ocorrência de fatos relevantes”.
Nele, são analisados os diferentes cenários de oferta e demanda de energia elétrica para os próximos cinco anos, visando a aumentar a margem de segurança da operação energética do Sistema Interligado Nacional. (Fonte: Nielmar de Oliveira/ Agência Brasil)