A questão crucial, segundo ele, é a divisão dos custos e os benefícios da redução de emissões de carbono. “O benefício global de manter o clima estável é para todos, se divide por si mesmo. Com quem que fica o ônus das mudanças estruturais? Isso que não está tão claro quanto poderia estar”, ressaltou Jucá, em entrevista à Agência Brasil.
O representante da CNI defende que a indústria só comece a por em prática um plano mais arrojado de redução de emissões quando os mecanismos de recompensa e financiamento estiverem claramente definidos. “Você tem que criar fundos, criar mecanismos de financiamento, que medem, reforçam e verificam como os financiamentos vão possibilitar que os países em desenvolvimento possam reduzir (as emissões)”.
Jucá afirmou ainda que com base na prévia do inventário de emissões até 2005, apresentado na última semana pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, a indústria não tem aumentado a sua participação percentual de emissões de carbono. O relatório aponta, no entanto, que houve um aumento global de 62% no total de poluição emitida em 2005 em relação a 1990. (Fonte: Agência Brasil)