Eloy Terena é anunciado secretário-executivo do ministério dos Povos Indígenas e diz que pauta territorial será prioridade

O advogado sul-mato-grossense será o 'número 2' no ministério recém-criado pelo presidente Lula e comandado pela ministra Sônia Guajajara.

Eloy Terena será secretário executivo do ministério dos Povos Indígenas. — Foto: Redes sociais/Reprodução

Eloy Terena assumiu como secretário-executivo do ministério dos Povos Indígenas nesta quarta-feira (4). Atendendo pedido da ministra Sônia Guajajara, o advogado sul-mato-grossense assume o cargo. Em conversa com o g1, Eloy disse que uma das principais pautas da pasta será a questão territorial.

“Nós recebemos esse convite com bastante honra e, ao mesmo tempo, muito ciente da nossa responsabilidade. Também agradeço a confiança depositada pela ministra em minha pessoa. O trabalho aqui é, de fato, implementar e defender os povos indígenas”, detalhou o secretário-xecutivo do ministério dos Povos Indígenas.

Eloy fez parte do Grupo de Transição entre os governos Bolsonaro e Lula. Durante o mês passado, o advogado chegou a ser cotado para chefiar o ministério.

À época, junto de outras lideranças indígenas do Brasil, Eloy entregou um levantamento com alertas e prioridades dos povos originários ao presidente Lula.

“Eu trabalhei na equipe de transição e já tinha feito vários levantamentos jurídicos sobre a questão das terras indígenas, retirada de invasores de terras indígenas e promoção de direitos sociais para as comunidades indígenas. Quero auxiliar a ministra Sônia Guajajara e buscar efetivamente que os direitos dos povos indígenas sejam preservados, especialmente o territorial”, compartilhou Eloy.

Quem é Eloy Terena?

Eloy Terena fez parte da equipe de transição de Lula. — Foto: Reprodução

O advogado sul-mato-grossense Eloy Terena é referência nacional da luta indigenista. Nascido na comunidade indígena AIpegue, em Aquidauana, Eloy Terena é advogado indígena com atuação no Supremo Tribunal Federal (STF) e Organismos Internacionais.

Eloy é Coordenador do Departamento Jurídico da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Tem doutorado em Antropologia Social pelo Museu Nacional (UFRJ) e em Sociologia e Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Possui pós-doutorado em antropologia na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), de Paris.

Fonte: G1