A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV) estão desenvolvendo mais um projeto em parceria de restauração florestal. O estudo visa avaliar o plantio de árvores nativas com diferentes espaçamentos no município de Itamarati de Minas, na Zona da Mata mineira. O objetivo do experimento é plantar um número maior de árvores em uma área menor, a fim de preencher mais rapidamente o local, analisando o impacto do espaçamento no desenvolvimento das espécies, a qualidade do solo, o potencial de regeneração natural e os ganhos em biodiversidade.
Entre os benefícios para a fauna e a flora local estão: avaliação das taxas de crescimento das mudas, índices de cobertura, fechamento de dossel (parte superior da floresta formada pelas copas das árvores) e as propriedades do solo, para quali-quantificar as melhorias promovidas pelo adensamento da floresta.
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O professor de restauração florestal da UFV, Sebastião Venâncio Martins, coordenador do projeto junto com a CBA, aponta que, quanto mais eficiente o fechamento de copa, por exemplo, maior a produção de serapilheira e ciclagem de nutrientes. “Isso viabiliza o reaproveitamento dos nutrientes e a melhor restauração física, química e biológica da qualidade do solo. “As coletas e as medições já iniciaram e, a partir do primeiro ano do estudo, vamos realizar o monitoramento da fauna no local, da cobertura de copas, da serapilheira, entre outros, e, assim, teremos mais indicativos. Estamos otimistas sobre o experimento”, completa.
O gerente das unidades da CBA na Zona da Mata, Christian Fonseca de Andrade, destaca que o estudo está alinhado à estratégia de Sustentabilidade da Companhia. “Trabalhamos fortemente com a UFV há 13 anos com pesquisa e desenvolvimento de tecnologias ambientais. Os experimentos sempre trazem descobertas e resultados importantes para o meio ambiente e, consequentemente, promovem a evolução contínua das práticas ambientais da Companhia. Esse é um grande legado que estamos deixando para a operação mineira, a universidade, os cientistas – que podem desenvolver seus estudos dentro de um ambiente industrial e, principalmente, para a sociedade”, ressalta.
A área do estudo está localizada entre vales próximos a fragmentos florestais e as árvores plantadas irão compor um corredor ecológico. Esses corredores são fundamentais para garantir, por exemplo, o aumento da cobertura vegetal da paisagem, o deslocamento de animais e a dispersão de sementes entre as áreas.
Projeto Restauração Florestal
Desde 2011, o projeto de Restauração Florestal faz parte da parceria da CBA com o LARF (Laboratório de Restauração Florestal da UFV) e visa desenvolver pesquisas e orientações técnicas sobre restauração de florestas nativas, tanto em áreas mineradas como em áreas de compensação ambiental nas cidades de Miraí e Itamarati de Minas, localizadas na Zona da Mata mineira. A partir das pesquisas de monitoramento são desenvolvidas uma série de dissertações, teses e pesquisas de iniciação científica, que já resultaram em dezenas de artigos científicos, capítulos de livros e trabalhos em congressos.
Em 2019, os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias em restauração florestal receberam um importante reconhecimento internacional. Foi publicado nos Estados Unidos o livro Recent Advances in Ecological Restoration, pela editora Nova Science Publishers, uma das mais importantes do mundo nessa temática. Dois capítulos da obra são dedicados aos trabalhos de Restauração Florestal nas áreas mineradas da CBA, refletindo a sustentabilidade da atividade desenvolvida pela empresa na Zona da Mata mineira.
Também em 2019, o trabalho de iniciação científica “Regeneração natural, crescimento e sobrevivência de mudas em uma área em restauração no ambiente de mineração de bauxita, Miraí, MG”, da estudante de Engenharia Florestal Patrícia Aparecida Laviola Ricardo, orientada pelo prof. Sebastião Venâncio Martins, foi premiado como o Melhor Trabalho de Pesquisa do Centro de Ciências Agrárias da UFV, apresentado no Simpósio de Integração Acadêmica (SIA 2019).
Em 2020, foi publicada a dissertação “Indicação de áreas prioritárias para restauração florestal compensatória à mineração de bauxita na Zona da Mata de Minas Gerais”, do estudante Luiz Henrique Elias Cosimo.
Sobre a CBA
Desde 1955, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) produz alumínio de alta qualidade de forma integrada e sustentável. Com capacidade instalada para produzir 100% de energia vinda de hidroelétricas próprias, a CBA minera a bauxita, transforma em alumínio primário (lingotes, tarugos, vergalhões e placas) e produtos transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis). Em estreita parceria com seus clientes, a CBA desenvolve soluções e serviços para os mercados de embalagens e de transportes, conferindo mais leveza, durabilidade e uma vida melhor. A CBA está bem perto de você.
Fonte: CBA