Resumo da Semana: 26 a 01 de Fevereiro de 2020

Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicados durante a semana no Ambientebrasil.

Desolação na zona arrasada por temporais em Minas Gerais

Vista áerea da região de Sabará, Belo Horizonte.

Entre 23 e 24 de janeiro, a região de Belo Horizonte registrou 171,8 milímetros de chuvas em 24 horas, um recorde desde o início das medições, em 1910. As chuvas fizeram as autoridades decretarem estado de emergência em uma centena de cidades da região Sudeste, com atuação de bombeiros, policiais e defesa civil. O temporal também deixou milhares de desabrigados nos estados próximos a Minas Gerais, como no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.

A intensidade das chuvas foi justificada pela coincidência pouco frequente da chamada Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) com um sistema de baixa pressão sobre o oceano. A ZCAS é um corredor de umidade que vai da selva amazônica, no norte do Brasil, até a região Sudeste.

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Chuvas em Minas Gerais e Espírito Santo matam ao menos 46

Coronavírus: o que significa a OMS declarar emergência global de saúde pública

Mulher tem a temperatura medida em checagem feita em Wuhan, na China; país já tem 7,7 mil casos de coronavírus.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quinta-feira (30/1) que, diante do avanço do coronavírus, passa a classificar a epidemia atual como emergência de saúde pública de interesse internacional. A OMS usualmente reluta em declarar emergências internacionais, a não ser que seja absolutamente necessário. Porém, diante do aumento expressivo de casos (que aumentaram de 500 para quase 8 mil em menos de uma semana) e de mortes (que passaram de 17 para 170), aumentou a classificação.

O coronavírus — chamado pela OMS de doença respiratória aguda 2019-nCoV —, cujo epicentro é a cidade chinesa de Wuhan, infectou 7,7 mil pessoas na China (e cerca de cem em outros 18 países) e deixou 170 mortos até o momento. No Brasil, são monitorados nove casos considerados suspeitos pelo Ministério da Saúde.

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Quatro riscos ambientais que podem comprometer o turismo e a economia do Brasil

Rico em biodiversidade e paisagens naturais, o Brasil é o país número um em atrativos naturais na América Latina e segundo no mundo, de acordo com o ranking de 2019 do Relatório de Competitividade em Viagens e Turismo do Fórum Econômico Mundial. Neste contexto, o segmento turístico foi responsável por movimentar US$ 152,5 bilhões e empregar mais de 6,9 milhões de pessoas, conforme apontou estudo do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, em inglês).

Entretanto, eventos que impactam diretamente a natureza e seus atrativos paisagísticos – em grande parte por influência humana – podem prejudicar as atividades turísticas e geração de renda no país. Dentre os principais influenciadores no turismo estão o derramamento de óleo, queimadas, turismo predatório e o desmatamento.

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O desafio de reciclar baterias de veículos elétricos

Atualmente, apenas 50% de cada bateria precisa ser reciclada. Muitas matérias-primas valiosas não são recuperadas.

Tornar os carros elétricos economicamente atrativos para comercialização em larga escala já vem sendo desafiador, e mesmo assim, existe um desafio a mais que ainda paira sobre os desenvolvedores – as baterias dos veículos elétricos.

Isto por que, estas baterias poderosas contêm uma variedade de matérias-primas metálicas e terras raras, advindos de fontes finitas e não renováveis. Segundo o Instituto Fraunhofer para Ciclos de Reciclagem e Estratégia de Recursos (IWKS), apesar de existirem muitas reservas destes materiais, eles podem se tornar escassos em uma guinada no setor de transportes sustentáveis no mundo.

Além disso, não apenas o número de veículos elétricos está aumentando – na Alemanha até 2025 estima-se chegar entre 2 a 3 milhões de novos carros – mas o número de baterias velhas descartadas também. Com vida útil de 15 anos, a reciclagem das baterias ainda é bem desafiadora, não apenas o processo da reciclagem em si, como também a desmontagem da bateria e escassez de infraestrutura para coleta dos materiais antigos.

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Como uma cidade japonesa se prepara para chegar ao desperdício zero neste ano

Crianças visitam centro de coleta em Kamikatsu: cidade já recicla 81% de todos os resíduos que produz.

A cidade localizada na província japonesa de Tokushima não possui caminhão de coleta, por isso seus 1.517 habitantes precisam lavar e secar todo o material que desejam descartar, antes de levá-lo para uma central e lá fazer a separação em 45 categorias de lixo.

Os projetos que seguem o conceito de 3R (reduzir, reaproveitar e reciclar) ajudaram o pequeno município localizado entre montanhas e floresta alcançar um dos mais altos índices de reciclagem de resíduos: 81%. Para estimular a população a atingir a meta do desperdício zero este ano, são realizadas várias abordagens, como aulas sobre educação ambiental para crianças, sistema de certificação ao comércio com pouco desperdício e cartão de pontos.

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Qual é o ponto fraco do tardígrado, a criatura mais resistente do planeta

Os tardígrados podem sobreviver a temperaturas extremas, sendo quase indestrutíveis.

A estratégia de sobrevivência dos tardígrados, animais microscópicos conhecidos como “ursos d’água”, é simples, porém eficaz: eles retraem suas oito patas e a cabeça e se deixam desidratar. Desta forma, mesmo que sejam atirados em uma fogueira, submetidas a vácuo do espaço ou congelados, eles irão sobreviver – por isso são conhecidos como as criaturas mais resistentes do planeta.

Mas uma pesquisa da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, identificou que aparentemente a ameaça a estes animais é o aquecimento global a partir do aumento da temperatura dos oceanos. Isto por que, a ameaça aos tardígrados vem do aumento da temperatura conjugado com tempo prolongado de exposição – quando eles desidratam, seu metabolismo diminui para 0,01% da taxa normal e necessitam de um tempo de aclimatação para conseguirem se adequar ao novo ambiente.

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Pássaros espiões ajudam a identificar barcos de pesca ilegais

 (Byronsdad/Getty Images).

Uma equipe internacional de pesquisadores teve uma ideia pioneira: equipar 169 albatrozes com sensores de identificação de embarcações e soltá-los na região sul do Oceano Índico. O objetivo do experimento era identificar navios de pesca que estivessem operando de forma ilegal.

E seu resultado foi bastante positivo: dos 353 barcos flagrados pelos pássaros durante os seis meses de estudo (de dezembro de 2018 a julho de 2019), cerca de 88 eram suspeitos de agir na ilegalidade.  A escolha dos albatrozes se deu pela capacidade do pássaro de realizar longas viagens e serem facilmente atraídos por navios de pesca.

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