Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicados durante a semana no Ambientebrasil.
Concentração global de CO2 bate recorde mesmo durante crise da COVID-19
Nas últimas semanas, à medida que o mundo parava para combater a pandemia de coronavírus, houve muitos relatos de melhoria na qualidade do ar em alguns lugares. No entanto, isto não significa que a crise climática está resolvida.
Os dados mais recentes da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) mostram que os níveis globais de dióxido de carbono (CO2) estão aumentando acentuadamente. Em abril de 2020, a concentração média de CO2 na atmosfera era de 416,21 partes por 1 milhão (ppm), a mais alta desde o início das medições, que começaram em 1958, no Havaí.
Isto por que, embora seja verdade que o tráfego veicular e aéreo, bem como a atividade industrial, tenham sido drasticamente reduzidos na maior parte do mundo desde janeiro de 2020, esse não é o caso do consumo de eletricidade. De acordo com o Panorama Energético Mundial de 2019, 64% das fontes globais de energia elétrica provêm de combustíveis fósseis (carvão: 38%, gás: 23%, petróleo: 3%).
PNUMA mapeia zoonoses e protege meio ambiente para reduzir riscos de pandemias
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) está intensificando seu trabalho no mapeamento de ameaças zoonóticas e na proteção do meio ambiente para reduzir o risco de futuras pandemias, como a da COVID-19, que se espalhou por todo o mundo.
O documento “Trabalhando com o Meio Ambiente para Proteger as Pessoas” divulgado nesta terça-feira (12), abrange quatro áreas: apoiar nações na gestão de resíduos relacionados ao novo coronavírus; gerar uma mudança transformadora para a natureza e as pessoas, trabalhar para garantir que os pacotes de recuperação econômica criem resiliência a crises futuras e modernizar a governança ambiental global.
“Com a COVID-19, o planeta emitiu seu maior alerta de que a humanidade precisa mudar”, afirmou a diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen.
“Suspender as economias é uma resposta de curto prazo ao alerta. É uma medida que não vai durar. Economias que trabalhem com a natureza são essenciais para garantir que as nações do mundo prosperem.”
Árvore com maior folha do mundo ganha identificação botânica
Por falta de flores e frutos, pesquisadores levaram quase quatro décadas para descrever uma nova espécie do gênero Coccoloba da Amazônia, que possui árvores com folhas gigantes que podem chegar a 2,50 metros de altura no habitat natural. De características únicas, a imensa folha pode ser vista na Casa da Ciência, no Bosque da Ciência do Inpa e no hall de entrada do Herbário do Instituto.
Apesar de ser reconhecida por fotos e exposições presentes no acervo do Bosque da Ciência no Inpa, esta espécie de Coccoloba não possuía registro na flora do Brasil devido à falta de descrição botânica, o que impossibilitava seu reconhecimento formal pela Ciência.
Em trabalho publicado na revista Acta Amazonica, a identificação botânica realizada foi apresentada à comunidade científica como Coccolobagigantifolia. Segundo os autores, para conseguir fechar o ciclo para a identificação da espécie, algumas mudas foram plantadas no campus do Inpa, em Manaus e esperou-se por 13 anos, até que uma das plantas floriu e frutificou em 2018.
Fotossíntese em algas é alterada para produzir hidrogênio
Cientistas conseguiram alterar a fotossíntese em algas com objetivo de desviar o fluxo de elétrons da assimilação de CO2 para a redução de prótons. O resultado é a alta produção sustentada de bio-hidrogênio na presença de luz.
O hidrogênio é uma alternativa promissora aos combustíveis fósseis, mas atualmente tem 90% de sua produção através da extração dos próprios combustíveis fósseis.
Outras maneiras de produzi-lo são pela eletrólise da água, pela termólise ou pela reação redox. O que químicos gostariam de obter é hidrogênio em larga escala por meio de processos mais baratos. Por isso, ter uma fonte de hidrogênio que dependa apenas de algas e da energia solar tem o potencial de ser uma alternativa sustentável.
Quatorze emas são soltas para preservar a espécie na Patagônia chilena
Quatorze exemplares de ema foram soltos no Parque Nacional Patagônia, sul do Chile, dentro de um programa que busca preservar a espécie, ameaçada naquela região.
Os 14 exemplares da ave foram soltos no interior do parque, onde, nos últimos anos, observou-se uma redução sensível da população de emas devido à caça, pecuária, destruição de seus ninhos, retirada de seus ovos e ataques de cães.
A ema é uma espécie endêmica sul-americana que mede entre 1,50 e 1,80 m. Ela não pode voar, mas suas longas pernas podem correr a uma grande velocidade, assim como os avestruzes, seus primos africanos.
Concurso de fotografia premia as melhores imagens da vida na Terra
O museu norte-americano de história natural California Academy of Sciences realiza anualmente um concurso de fotografia que premia as imagens mais belas da biodiversidade na Terra. Com oito categorias, a competição Big Picture envolve especialistas renomados que julgam imagens recebidas do mundo todo. As categorias incluem registros da fauna, da flora e a interação entre animais e humanos.
Segundo os organizadores do evento, os vencedores de 2020 ilustraram as maravilhas do nosso planeta, bem como as ameaças que ele está sofrendo. Assim, as fotos têm o objetivo de inspirar a conservação do meio ambiente e proteger a vida terrestre.