Os alertas de desmatamento na Amazônia diminuíram 45% em novembro, em comparação com o mesmo mês de 2019. Os dados foram informados pelo Ministério da Defesa.
Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (5), aponta que o Cerrado tem 1.061 espécies de plantas e animais ameaçados de extinção.
As florestas tropicais da América do Sul estão se transformando em cerrado (savana brasileira), o que impactará na sobrevivência de mamíferos “especialistas” em ambientes florestais.
O desequilíbrio é preocupante. Morte de peixes, o aparecimento de gaivotas e gaviões que não fazem parte da fauna local e a proliferação de cianobactérias tóxicas.
Se o índice de desmatamento do cerrado brasileiro se mantiver como é hoje – cerca de 2,5 maior do que na Amazônia -, o mundo pode registrar a maior perda de espécies vegetais da história.
Sessenta e dois por cento do desmatamento ilegal ocorrido nas regiões de Amazônia e Cerrado, no Brasil, ocorrem em apenas 2% das propriedades rurais dessas áreas, em fazendas onde há produção de soja e de gado bovino.
A região enfrenta desafios que envolvem diretamente as famílias e o setor privado: mineração, monocultura de eucalipto e agricultura irrigada impedem a preservação da biodiversidade local e da cultura tradicional local.
No Mato Grosso, estado com maior área do bioma e campeão da soja, 88% do desmatamento é ilegal, concentrado em grandes propriedades. Agronegócio e sensação de impunidade impulsionam desflorestamento, dizem especialistas.