A Amazônia brasileira acabou recebendo menor destaque em comparação ao ano de 2019, considerado um dos piores da última década em termos de ocorrência de fogo.
Terra indígena (TI) mais desmatada da Amazônia em 2019, a Ituna-Itatá concentra este ano mais de 600 focos de calor detectados pelo satélite S-NPP, monitorado pelo Inpe.
Uma parte maior do que se pensava da Amazônia pode estar prestes a ultrapassar o tipping point, quando a área perdida de um bioma não pode mais ser recuperada.
Um grande risco para a Amazônia nos próximos anos é a normalização dos incêndios no bioma, alerta a bióloga brasileira Erika Berenguer, pesquisadora das universidades de Oxford e Lancaster, ambas no Reino Unido.
Os alertas de desmatamento subiram 68% na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Os incêndios na Amazônia brasileira pioraram na primeira semana de setembro e estão se espalhando cada vez mais para áreas de floresta intocada, depois que o número de incêndios provavelmente atingiu a máxima de 10 anos em agosto.
O aumento da temperatura na superfície do Oceano Atlântico poderá levar ao maior registro de incêndios na Amazônia, e à formação de furacões nos Estados Unidos.