Resumo da Semana: 08 a 14 de Março de 2020

Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicados durante a semana no Ambientebrasil.

Como as plantas se protegem do sol? Cientistas finalmente têm a resposta

Estudo revela que plantas liberam energia em forma de calor para evitar que o excesso de sol prejudique suas células (Foto: Pixabay).

As plantas precisam da luz solar para realizar a fotossíntese, processo que lhes permite armazenar moléculas de açúcar para continuarem crescendo. No entanto, muito sol pode desidratá-las e danificar suas folhas.

Para entender como as plantas se protegem do sol, um novo estudo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) descobriu uma estratégia que os vegetais usam para se proteger desse dano e dissipar a luz extra como calor. Utilizando um tipo de radiação eletromagnética, a equipe concluiu que o excesso de energia é transferido da clorofila, o pigmento que deixa a cor verde, para outros pigmentos chamados carotenóides, que podem liberar a energia como calor.

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Espécie descoberta no lugar mais fundo da Terra tem plástico no estômago

Animal é batizado de E. plasticus em “homenagem” ao conteúdo de seu estômago (Foto: Weston et al., 2020, Newcastle University).

Pesquisadores da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, descobriram uma nova espécie de anfípode na Fossa das Marianas, o local mais profundo do mundo. Esse poderia ser um achado como qualquer outro, não fosse o nome dado ao animalzinho: Eurythenes plasticus.

A espécie foi batizada em “homenagem” ao que os pesquisadores encontraram eu seu estômago: plástico. Segundo o artigo publicado pela equipe no periódico Zootaxa, ao analisarem a espécie, os especialistas perceberam que dentro do seu estômago havia uma quantidade notável de tereftalato de polietileno (PET), substância encontrada em itens como garrafas de água e roupas de ginástica.

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Florestas tropicais estão perdendo sua capacidade de absorver carbono: estudo

De acordo com um novo estudo internacional que teve a colaboração de mais de 100 instituições científicas, a Amazônia pode se tornar uma fonte de carbono na atmosfera, ao invés de ser uma das maiores absorvedoras desse gás, já na próxima década.

Para chegar a esta constatação, os cientistas analisaram 300.000 árvores em 30 anos, oferecendo a primeira evidência de larga escala da diminuição da absorção de carbono pelas florestas tropicais. Além disso, utilizaram pregos de alumínio para marcar árvores individuais, medindo seu diâmetro e estimando sua altura a cada poucos anos. Isso permitiu que eles calculassem o carbono armazenado em cada uma.

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Seu cachorro é ansioso? Comportamento pode ter a ver com a raça dele

Seu cachorro fica nervoso sempre que ouve algum barulho ou quando alguma situação o tira de sua zona de conforto? Um novo estudo – o maior já feito sobre o temperamento canino – descobriu que algumas raças são mais propensas a comportamentos como agressão, ansiedade e medo.

Para realizar a pesquisa, cientistas da Universidade de Helsinque, na Finlândia, entraram em contato com clubes de criação de cães ao redor do mundo e pediram aos donos dos animais que classificassem o comportamento de seus pets de acordo com sete características diferentes relacionadas à ansiedade: sensibilidade ao ruído, medo geral, medo de altura e superfície (como peças refletivas), desatenção, comportamentos compulsivos (como mastigação ou perseguição implacável da cauda), agressão e ansiedade de separação.

Dentre os resultados da pesquisas, foi observado que certas raças são mais propensas a ser ansiosas. Segundo um artigo publicado na revista Science, as raças mais medrosas em geral são o cão d’água espanhol, o pastor-de-shetland e os vira-latas. A sensibilidade ao barulho se mostrou mais acentuada nos Lagotto Romagnolos, Wheaten Terrier e também em vira-latas. Outro dado que chama atenção é que quase um décimo dos schnauzers miniatura são agressivos e temerosos em relação a estranhos.

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Pesquisadores montam armadilhas fotográficas para estudar mamíferos do Parque da Serra do Divisor

Soim preto fotografado dentro do Parque Nacional da Serra do Divisor, no Acre — Foto: Hugo Costa/Arquivo pessoal.

Muitos estudos têm sido feitos para atualizar o número e tipo de espécies que habitam a área que engloba o Parque Nacional da Serra do Divisor, que fica entre Acre e Peru, em cidades do Vale do Juruá. Pensando nisso, foi feita uma expedição para inventário de espécies por 15 pesquisadores entre novembro e dezembro do ano passado para estudar mamíferos, aves e répteis.

Um diferencial da expedição foi o uso de armadilhas fotográficas que possibilitou o registro em câmera dos animais durante 40 dias consecutivos. As imagens estão sendo analisadas e detalhadas, mas a região, que recebe forte influência dos Andes, é conhecida por ser um local privilegiado pela alta diversidade biológica, pela localização geográfica e pela escassez de estudos científicos.

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ONU premia sistema agrícola que preserva meio ambiente em MG

Apanhadoras de sempre-vivas — Foto: Valda Nogueira/Divulgação/Ministério da Agricultura.

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) reconheceu o sistema de colheita de flores sempre-vivas como um “Sistema Importante do Patrimônio Agrícola Mundial” (SIPAM) nesta quarta-feira (11). Dos 59 sítios em 22 países diferentes já inscritos no registro SIPAM, é a primeira vez que a ONU distingue um local no Brasil.

A Serra do Espinhaço, local premiado pela ONU, é coberto por uma savana, onde os agricultores locais colhem flores sempre-vivas, combinando essa atividade com horticultura agroflorestal, pastoreio de gado e culturas agrícolas ao pé das colinas, praticados em diferentes altitudes – demonstrando profundo conhecimento dos ciclos naturais, ecossistemas, flora original e uso de práticas tradicionais.

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